Este blog é para postar os artigos que são publicados no jornal A Folha Regional, de Getúlio Vargas, de autoria de Paulo Dalacorte.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Enfim, um Contato de Natal

“Não existe o Natal ideal, só o Natal que você decida criar como reflexo de seus valores, desejos queridos e tradições.” Bill McKibben
Estava ansioso pelo primeiro contato dos leitores via e-mail e, confesso, curioso pelo que se apresentaria. Não sabia se viriam sugestões, críticas ou histórias com pedidos para serem publicados pelo articulista.
Afinal, ao criar a caixa de mensagens, esta era a proposta. Procurar, na medida do possível, atender as solicitações de leitores. E, dentro do possível, narrar fatos e histórias por eles contadas e aproveitar sugestões para futuras crônicas.
Após dois meses, acabou a an-gústia. Enfim, chegou um contato de Natal. Por tratar-se de uma boa ação, e não por preguiça ou para deixar a crônica maior, resolvi trans-crevê-lo na íntegra. Conta uma história entitulada Magia de Natal, que se repete há 17 anos. Veja abaixo.
Amigo Paulo
Há exatamente 17 anos, eu e meu filho Lucas levamos alegria para as crianças menos favorecidas. Sempre ensinei a ele que, para ganhar novos presentes, deveria separar os velhos para que outras crianças ficassem felizes como ele. Começamos doando os brinquedos dele, para os filhos da empregada. Quando o Lucas ficou maior, distribuíamos roupas e doces às crianças da XV de Novembro. Há dois anos, passei a fazer, através de cartinha, em conjunto com professoras, clientes minhas e com escolas agraciadas, que neste ano foi a do Cônego. As crianças escrevem suas cartinhas com os pedidos na sala de aula e, após, a professora me entrega, onde constam os pedidos delas. Faço então contatos com amigas, clientes e, afora isto tudo, vou arrecadando outras coisas de uso pessoal, de higiene e material escolar. Obviamente com a ajuda de colaboradores, todas as crianças têm sido agraciadas com seus pedidos, sendo que faço uma linda festa com um rico lanche, Papai Noel, entrega dos presentes e uma palavrinha de Deus juntamente com a igreja matriz.  Além disto, as crianças recebem um kit de material higiênico e escolar. Inclusive, neste ano, ganhamos mais pres-tígio depois de nossa ação de Natal ter passado na RBS TV de Erechim. Gostaria, se possível, que você pudesse fazer um comentário na sua coluna de opinião n’A Folha Regio-nal, para que, nos próximos anos, mais crianças possam receber um presente de Natal e mais pessoas possam fazer parte desta ação de Natal, doando algo que possa ser útil aos mais carentes e deixando as crianças felizes.
Feliz Natal a todos,
Ass. Kellen Simone dos Santos - Kellen@itake.com.br
À Kellen, autora do e-mail, fica meu compromisso de doar um presente no próximo ano. Desejo sucesso e a parabenizo, junto com as demais colegas e clientes, pela iniciativa. Que esta ação ganhe mais adeptos e crie perspectivas de um futuro melhor para as crianças beneficiadas.

*pdalaideias@hotmail.com

Publicado no Jornal A Folha Regional, em 23 de dezembro de 2011.


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A Última Morada

“Há um tempo para partir, mesmo quando não há um lugar certo para ir.” Tennessee Williams                       
Dias antes dos finados, recolhi uma caixa de entulho e, para minha surpresa, havia nela um diploma. Chamou-me atenção no titulo que dizia: Deus o Quer. Curioso, antes do destino final do papel, verifiquei o inteiro teor do texto.
Resumidamente o Comissariado da Terra Santa recebia como irmão remido e davam todas graças indulgencias e vantagens espirituais concedidos pelos Sumos Pontífices da Terra Santa na vida depois da morte. 
Pois, passado o dia 02 de novembro, resolvi dar uma vasculhada em nosso Cemitério Municipal. Porque mesmo que tenhamos uma terra santa pós-morte, será naquele local que ficarão depositados os ossos de nossos restos mortais.
Fazia tempo que não andava no Cemitério Municipal. E já tenho meu local reservado lá, nesta que será a minha última morada na terra. Assim como de grande parte da população de nossa cidade e também de alguns outros da região.
Andando me surpreendi positivamente pelo zelo e limpeza do local. Tem um mapa identificando e localizando o defunto para que as pessoas possam chegar ao túmulo. À noite fica iluminado e agora até a rua principal esta asfaltada.
Todo ano temos algo de novo. Inclusive conhecidos e amigos que, por vezes, nem sabemos que já estão enterrados e com seu nome gravado na lápide. Basta passear e correr os olhos um pouco a esmo para averiguar esses fatos. 
A única coisa que permanece igual há muito tempo é o espaço físico. Não cresceu, apenas fica a cada ano mais povoado de túmulos e jazigos. Deste jeito, se já não é uma realidade, teremos um mercado imobiliário naquele local.
Fico pensando na criatividade humana ou de uma imobiliária ao anunciar a venda destes espaços. Uma grande faixa defronte ao local, toda colorida, um  anúncio no jornal e rádio com os seguintes dizeres: 
VD 01 VAGA na ÚLTIMA MORADA - TORRO - R$ 25.000- Tratar- F: 999999.
Claro que neste preço não estará garantida que sua alma entrará na morada do Senhor. 

* pdalaideias@hotmail.com

Publicado no jornal A Folha Regional, em 9 de dezembro de 2011.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

As memórias do Edino

"Todos nós temos nossas máquinas do tempo. Algumas nos levam pra trás, são chamadas de memórias. Outras nos levam para frente, são chamadas sonhos" - Jeremy Irons
Na sexta-feira passada, 14/10, às 19h30min estive presente, na AABB, no lançamento do livro do Professor Édino Farias. Suas "Memórias Esportivas" ao longo de 40 anos de vida profissional e algumas lembranças da infância e juventude. 
Sempre ao seu lado a companheira e esposa Leila que, certamente contribuiu muito na confecção desta obra. Diria, sem medo de errar, que foi a co-autora desta publicação, pois estiveram praticamente juntos na jornada profissional como professores. 
No encontro houve de parte do autor uma pequena explanação do conteúdo do livro. Um papo informal para umas 80 pessoas que estiveram presentes a prestigiar o lançamento deste. E no fim uma sessão de autógrafos para os interessados.
Nesta conversa, o Professor Édino fez um resumo das partes do livro e no final emocionado agradeceu a oportunidade de ter trabalhado e contribuído para o esporte na cidade de Getulio Vargas, sua terra natal. Acrescentou que realizou um sonho.
A publicação desta obra teve a participação do Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas, que encaminhou um projeto para custear a impressão do mesmo, e teve sua proposta aprovada, junto ao Fundo Municipal da Cultura.
Quanto ao conteúdo estou apenas no inicio da leitura. Saboreio devagar, como numa mateada, cada folha. E, sugiro aos desportistas getulienses que adquiram, e façam dele uma ótima opção de presente de Natal para seu amigo, vizinho ou parente.
Ao professor Édino e a Leila, confesso que minhas memórias esportivas passam por suas aulas de Educação Física no Santa Clara e natação no Tênis Clube. Sem duvida esta obra resgata e conta parte da história esportiva do nosso município. 

Publicado no jornal A Folha Regional em 21 de outubro de 2011.


terça-feira, 11 de outubro de 2011

E-mail de ideias

As ideias das pessoas são pedaços da sua felicidade. William Shakespeare
Escrevo esporadicamente algumas crônicas para o jornal. De forma geral sobre pessoas, entidades ou fatos relacionados a mim ou minha cidade. Não tenho pretensão, com meus escritos, de atingir um publico maior que o regional. Procuro difundir um pouco minhas lembranças de um determinado assunto.
Comecei lentamente com os escritos, e aos poucos fui gostando da ideia de dar seqüência a eles. Aprendi que para realizar uma crônica muitas vezes é necessário horas de pesquisa, conversas e reuniões.  Outras vezes, as mais despretensiosas e hilárias, apenas algum tempo defronte ao computador e pronto.
E, seguido, sou abordado na rua por amigos ou conhecidos para falar dos artigos que escrevo para o jornal. Dizem, entre outras, que gostaram de uma crônica, que poderia ter acrescido isto ou aquilo e até que não entenderam determinadas afirmações minhas em algumas delas. E, querem saber como surgem às idéias.
Meus textos no geral são curtos, para o assunto não ficar maçante. Do contrário, no final o leitor perde o foco central. Mesmo assim às vezes nem todos entendem, pois cada cabeça uma sentença. E, ressaltem-se, as idéias lançadas pelo articulista não devem ser dominantes. Apenas conhecidas, debatidas e que também podem ser mudadas.
Quanto às idéias em si, surgem de leituras, pesquisas ou de algum fato nacional que pode ser inserido em nosso meio. Às vezes de uma caminhada pela cidade ou apenas de um papo despretensioso com um amigo na rua ou mesa do bar. E como gosto e necessito da escrita as transformo em crônicas. 
Para aqueles que, por algum motivo, não conseguem ler as crônicas no jornal foi criado estes tempos um blog onde as crônicas são postadas. Nele há inclusive algumas noticias e fotos que não aparecem no jornal. A quem interessar a leitura pelo blog o endereço eletrônico é blogdopdala.blogspot.com/, ou então se acessar o blog do jornal A Folha Regional nele esté indicado o blogdopdala.
Agora para ampliar o contato com o leitor, e buscando inovar em novos escritos, me ocorreu neste momento uma idéia. Criar um email de idéias nominado pdalaideias@hotmail.com. Desde já estamos conectados. Espero, assim, contar com sugestões e criticas construtivas para futuras crônicas.

Publicado no jornal A Folha Regional em 7 de outubro de 2011.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A agonia da Independência

"Minha terra tem palmeiras, onde canta o Sabiá; as aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá ..." - Gonçalves Dias.
O inicio do poema Canção do Exílio de Gonçalves Dias, descrito acima, uma pérola da língua Portuguesa, foi escrito em 1843, na cidade de Coimbra, Portugal. Uma clara alusão a Pátria distante, mescla de nostalgia, patriotismo e civismo.
Nesta Semana da Pátria este poema voltou a minha memória quando, no dia 7 de setembro, passei pelo desolado altar da pátria. Lembrei-me que há trinta e poucos anos declamei-o num ato cívico feito pela Escola Santa Clara, num jogral com alguns colegas de aula.
Sou de uma geração que estudava na escola uma matéria chamada Educação Moral e Cívica (EMOCI). E nela, entre outras, se aprendia o hino nacional, o hino e o significado das cores da bandeira, e que cada estrela, nada mais é que um estado brasileiro. E ainda, amar a Pátria. 
 Além disto, todos sete de setembro era uma festa ansiosamente esperada. Nele reverenciava-se o Dia da Independência do Brasil com uma parada cívica. Havia um desfile das escolas, das agremiações de cunho social e recreativas e da Brigada Militar que movimentavam toda comunidade.
Nem lembro se fazem cinco, dez ou mais anos, do último desfile alusivo na Semana da Pátria em Getúlio Vargas. Lamentavelmente, hoje se desdenha o acontecimento principal a Independência. Festeja-se o acontecimento menor, só regional (a Semana Farroupilha). Um lamentável retrocesso. 
Penso ser um desleixo dado às questões cívicas, éticas e morais como exemplos para nossa juventude.
Enfim, como diz Gonçalves Dias no final de seu poema "não permita Deus que eu morra, sem que eu volte para lá, sem que disfrute os primores, que não encontro por cá..." e que nem a mim ele permita que morra sem que possa assistir novamente, em Getulio Vargas, um desfile no dia da Independência.

Publicado no jornal A Folha Regional em 16 de setembro de 2011.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Ginásio Municipal leva o nome de Ataliba José Flores

Após ser aprovado pela Câmara de Vereadores o projeto de Lei de nº 009/11 para que o Centro Esportivo Municipal levasse o nome de Ataliba José Flores, na ultima segunda feira a noite (12/09) aconteceram as festividades de reabertura do Ginásio Municipal. Além de confrontos de futsal com várias equipes, o descerramento da placa com o novo nome do complexo esportivo em homenagem à Ataliba José Flores. O evento contou com a presença de mais de duzentas pessoas incluindo várias autoridades, familiares de Ataliba, simpatizantes e associados do Cobra Preta e público em geral.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Festa de Pobre

"Quem faz mais aniversários, vive mais"-  Diniz Scalon
Há alguns dias, um amigo, o Valde de Bento, me convidou para seu aniversário. Fiquei feliz ao ser agraciado para a festa. Nada de formalidades, apenas um telefonema e o pedido de confirmação.  Lembrem, convite não se recusa. Sempre que te convidam é porque querem sua presença.
O local da festa era o quiosque do Alemão Caminhão, que não foi, pois tinha viajado. Cheguei cedo e vi, com o passar das horas, todo aquele pessoal reunido e trabalhando. Isto me deixou constrangido, pois não fui convidado a mover um dedo sequer no evento.
Ao chegar já estava o Chiquinho Rodrigues a atear fogo na churrasqueira. O Jorge Barfknecht trouxe dois enormes espetos de carne de gado. Em seguida, o Jairo Krasuski chegou com carne de ovelha e porco temperados. E, logo estavam os três em volta a assar o churrasco.
 A maionese veio com a Silvana Fontana, que na bagagem trouxe um radiche com bacon.  E ainda tinha repolho, tomate e alface, todos temperados pelo seu marido, o Tchem.  A cerveja (bem gelada) e o refrigerante (que não consegui experimentar) trouxeram o Beto e a Mari da Panificadora KS, assim como o pão e a cuca.
Hora antes do almoço chegou o Mano Algeri. Já assumiu o serviço de garçom. Eram petiscos e bebidas passados a todo instante. Até uma caipirinha saiu. A festa poderia ter parado por ai, que estava de bom tamanho. Então, veio o almoço. Carne até não poder mais de tanto comer. 
E, para completar, chegou o Moacir Fontana. Cantando o parabéns a você, com uma deliciosa torta de sorvete, da Mayorka, e umas quase cinquenta velas sobre ela. No final, ainda combinaram que, da sobra do almoço, sairia um carreteiro a noite para quem se quisesse participar.
Na saída, claro, todos foram ressarcidos nos gastos pelo aniversariante.  Ao me despedir, ele agradeceu a presença. E, no ouvido, solicitou que eu escrevesse sobre o aniversário no jornal. Eis, portanto, a minha contribuição para o evento. Enfim, uma festa de pobre, onde todo convidado precisou trabalhar.

Publicado no jornal A Folha Regional em 12 de agosto de 2011.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Os 15 Anos de Isabela Klitzke Dalacorte




Isabela Klitzke Dalacorte festejou seus 15 anos no último sábado, dia 16. Acima, com a mana Elisa e os pais Paulo e Loreni na hora do brinde. Os modelos exclusivos foram confeccionados pela equipe da loja Elory Confecções. A decoração em vermelho e branco, cores do vestido longo e do mini para curtir melhor a festa.










sexta-feira, 8 de julho de 2011

O Rio de Janeiro continua...

Os jornais excitam sempre a curiosidade nas pessoas. - Charles Lamb
...Abençoado por Deus e bonito por natureza, claro, na zona Sul.
...Bacana  como o sol, a areia e a praia de Copacabana.
...Como o Cristo Redentor, de braços abertos para o turista, sua fonte de renda.
...Com o Maracanã em reforma, logo não saiu a grande pelada matutina.
...Com muitas Julianas e se acham as Tais, pois a Paes tomou doril e não se viu.
...Melhorando a vida da favela com as Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs).
...O local onde tem o Pão de Açúcar, nem de queijo e nem o sovado.
...Servindo um chope gelado em qualquer botequim da esquina.
...Sendo a cidade onde se usa a buzina do automóvel para tudo.
...Sentindo a falta de Sargenteli e suas mulatas octogenárias ou falecidas.
...Tendo artistas e famosos longe dos olhos de comuns, como nós.
...Um pouco caro, mas tudo que é bom e raro têm preço elevado.
 Eis, algumas considerações resumidas sobre o Rio, para matar a curiosidade de leitores que perguntam como foi a viagem. Está dada a resposta publicamente.

Publicado no Jornal A Folha Regional em 8 de julho de 2011.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Impunes

“A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade é uma coisa muito nossa.” Jô Soares
Assim como no mercado enchemos o carrinho com mantimentos para que nosso corpo permaneça de pé: a internet, o jornal, o rádio e a TV nos abastecem o cérebro de informações. Hoje temos grandes facilidades. Bastam uns passos na rua com algum dinheiro e deparamos com lojas de comida e bebida. Em casa num clik no PC, rádio ou TV, e surgem às ultimas noticias a nossa volta, no Brasil e no mundo.
 Há sim, um grande avanço para as pessoas. Não saberia dimensionar se existem mais prós ou contras a tudo isto, talvez os sociólogos saibam. Tampouco, estas linhas têm a intenção de analisar se estamos ficando mais acomodados e menos participativos no meio social ao qual nos inserimos. Apenas constato a acessibilidade, como num piscar de olhos, que nos chegam às informações.
 De posse delas o cidadão pode processá-las e analisá-las sobre qualquer assunto do momento e de como estamos seguindo rumo ao futuro. E, alguns fatos nacionais e locais me ligam a questão da impunidade crescente que estamos assistindo diariamente na mídia. Impune para relembrar é aquele que não foi punido e escapa do castigo. 
Somos um país complacente com enriquecimento ilícito e roubos, por exemplo. E não se culpem Polícia ou Judiciário por isto, pois eles cumprem o que diz a lei. São necessárias provas claras e fundamentadas na denúncia dos fatos. Assim, ficará impune Palocci, Ricardo Teixeira, Zezé Perrela, apenas para citar alguns poucos que estão na mídia e tem suas fortunas avolumadas rapidamente. A maioria, certamente, é de pessoas comuns como nós.
A impunidade também atinge acidentes de trânsito com morte. Pela lei são considerados homicídios culposos, sem intenção de matar.  Com boas provas, após uns 15 anos do fato ocorrido, e esgotados todo o recurso legal pode o cidadão que matou ter decretada sua prisão. Edmundo, ex-jogador é um exemplo famoso.  Já, o desconhecido que dias atrás colidiu seu caminhão em alguns veículos e matou um cidadão getuliense provavelmente é apenas um entre a maioria que sai impune pela permissividade da lei.
Enfim a nós comuns cabe lutar e esperar que a lei dos homens mude. Ou então, se agarrar a lei divina como forma de consolo e esperança em dias melhores e mais justos.  

Publicado no Jornal A Folha Regional na edição de 1º de julho de 2011.

domingo, 19 de junho de 2011

O sonho, a viagem, o futebol

"Uma longa viagem começa com um único passo." Lao Tse.
Paulo Coelho, escritor carioca, ao falar de sonhos tem uma frase ótima que a transcrevo: Os sonhos devem ser ditos para começar a se realizarem. E como todo projeto precisa de uma estratégia para ser alcançados. O adiamento destes sonhos desaparecerá com o primeiro movimento.
Pois há vinte anos acalento um sonho. Passar um fim de semana no Rio de Janeiro com meus amigos do futebol. E lá jogar uma pelada com a turma do Adriano Tefili, grande amigo de infância. Claro que num campo que não de areia, pois nela levaríamos um “balaio” de gols. Afinal aqui, na grande Getulio Vargas, a areia tem sua maior utilização como material de construção.
Depois da apresentação e grande vitoria no futebol matutino um churrasco feito ao estilo gaúcho para saudar os novos amigos cariocas. Tudo regado a um bom chopinho gelado.  E no fim de tarde, um banho na praia de Copacabana. Á noite para completar a festa uma roda de pagode ou ensaio de uma escola de samba.
Pois, eis que agora depois de muito tempo o sonho irá se realizar. O passo foi dado e compramos as passagens para a sonhada viagem ao Rio de Janeiro. No próximo fim de semana, dia 24, estaremos embarcando para a cidade maravilhosa. Eu, o Rissieri e o Moacir Fontana, o Gilmar Zadra e o Jorge Barfecknet.
Devido ao tempo que demoramos a realizar esta viagem provavelmente não poderemos mais fazer algumas coisas que tínhamos em mente. O avançado da idade e algumas restrições físicas e médicas que já possuímos farão com que a partida a ser realizada, muito provavelmente, será de futebol de botão.
Mesmo antes do acontecido diria que a visita ao querido amigo, a realização da viagem e a beleza do Rio de Janeiro já fazem deste futuro encontro um sucesso. E, mesmo avesso a fotos, certamente irei marcar este momento com muitas delas, para mostrar aos amigos que não puderam ir conosco.
O nosso abraço ao Cristo Redentor, a subida ao Pão de Açúcar e até quem sabe junto às mulatas do Sargenteli numa roda de samba, ou então em Ipanema ao lado da modelo Juliana Paes. Afinal sonhar não custa nada. Tudo é claro se as cinzas do vulcão chileno nos deixarem voar até o Rio, pois geralmente quando pobre acha um ovo,,,.

Publicado no Jornal a Folha Regional na edição de 17/06/2011

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Cobra Preta, o cinquentão


"Oh! que saudades que tenho, Da aurora da minha vida, Da minha infância querida, Que os anos não trazem mais! - Casimiro de Abreu
Uma história se constrói com o passar dos anos. Alguns avançam mais que outros no decorrer dos tempos, portanto suas historias são mais numerosas e talvez ricas de detalhes.
Na ultima semana estava muito nervoso, ansioso e ao mesmo tempo feliz. Isto porque no fim de semana haveria uma festa de aniversário. Não a minha e nem de uma pessoa em especial. Bem mais que isto, uma confraternização de inúmeras pessoas que durante cinqüenta anos participaram de alguma maneira na vida do Cobra Preta.
Eu, inicialmente fui mascote. Depois joguei no Cobrinha na metade dos anos 70 e desde então sempre que podia acompanhei o time em suas excursões pelo interior do município e cidades vizinhas, nos domingos de tarde. Grandes aventuras e muitos amigos nestes anos todos.
Campeão mesmo pelo meu time do coração, o Cobra Preta, só fui de vôlei, no 1º Campeonato Municipal, realizado no Ginásio Municipal no ano de 1980. Quando seria campeão de Futsal resolvi fazer greve. Achava que tinha condições de ser titular e não aceitei a reserva. Hoje admito ter sido uma grande idiotice.
E foi no futsal que o Cobra Preta se notabilizou. O maior vencedor de títulos municipais. Sem desmerecer outras grandes equipes formadas gravo na memória a escalação do time que simbolizou parte desta trajetória de vitórias: Clecir Betto, Adelci Petroli, Claudio Prataviera, Gilmar Zadra e Betinho Melatti.
Pois este time e tantos outros formados ao longo de 50 anos de existência, seus fundadores, sócios, simpatizantes e também adversários no campo da bola, estiveram presentes no evento da comemoração do cinqüentenário do Clube. Foi um jantar dançante com mais de 600 pessoas no sábado. Para rever amigos de tempos que não voltam mais. E uma digna homenagem prestada a um clube que nasceu para ser vencedor.

Publicado no Jornal A Folha Regional, em 8 de abril de 2011

Meu primeiro amor

A década era 60,
Inicio de abril
Rua Alexandre Bramatti,
Lá pelo número mil,

Chamou-se Cobra Preta
De laranja e preto se vestiu,
Do esporte fez sua vida
E ao tempo resistiu,

Clube já cinquentenário,
Tens histórias para contar
Tradição e lutas muitas,
Pra Getúlio Vargas exaltar

Ataliba, um símbolo,
De grande dedicação,
Pois no tempo dele
Tornou-se multicampeão,

Meu primeiro amor
Cobra Preta cinquentão,
Seguirás na minha vida,
Com eterna gratidão.

Publicado no Jornal A Folha Regional em 1º de abril de 2011

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ano Novo e a Sorte Grande

"O objetivo de um ano novo não é que nós deveríamos ter um ano novo. É que nós deveríamos ter uma alma nova." - Gilbert Keith Chesterton.
Já faz alguns anos que todo inicio de ano tenho a mesma esperança. Eu e milhões de brasileiros, claro. Ganhar sozinho a mega da virada, e depois realizar uns sonhos pessoais de consumo. É o único dia do ano que jogo na loteria. Confesso-lhes que os meus desejos, se ganhasse, seriam poucos e simples para um milionário.
Um deles é poder ir com um amigo das peladas semanais, o Daniel dos Santos, ao Rio de Janeiro. E lá jogarmos um futevôlei de parceiros com o baixinho Romário. Ele, Romário, bem pago para não inventar de recusar a empreitada. Tudo isto em plena praia de Copacabana num domingo ensolarado, com um grande público nos assistindo. Afinal um encontro de grandes craques da bola, merece tudo isto não é "Sudoripa"?
Outro seria poder sair em viagem. Visitar alguns locais que me agradam conhecer. Claro que parando em bons hotéis sem precisar incomodar ninguém de minha relação de amizade. As ilhas gregas, Paris, Milão, Praga, Zurique e os Alpes Suíços, Lisboa, Madri, Barcelona, Nova Iorque, Bangladesh, Tóquio, Hong Kong, Sidney, a Terra do Fogo, Montevidéu, e no Brasil retornar ao Rio e ao Ceará. Enfim, estes seriam os passeios que faria sem muita ordem, pressa ou tempo de volta.
Também, na minha lista de consumo se incluiria adquirir um pouco de obras de arte, sempre em gravuras e de grandes e renomados artistas nacionais e internacionais. Na lista estariam com certeza Portinari, Tarsila, Goeldi, Iberê, Pedro Weingartner, Miró e Picasso. Teria qualidade e quantidade deles na minha Coleção de Gravuras.
Como bom brasileiro, desfilar em quase todas as escolas de samba do Rio de Janeiro. Sempre como destaque de uma importante ala de cada escola. Daí a ser filmado pela TV Globo e notado pelo Brasil inteiro seria um passo. E finalmente não poderia deixar de ter uns três ou quatro carrões estacionados na garagem de casa. Tudo para mostrar aos amigos quando fossem me visitar. Entre eles uma potente Ferrari vermelha, uma Mercedes Benz conversível e um luxuoso Cadilac.
Bem no momento tudo isto não passa de sonho e não realizarei em 2011. Porém, enquanto a possibilidade de tirar a sorte grande não chega, vou vivendo meu dia a dia. Comendo feijão com arroz, jogando futebol no SESI, viajando aqui por perto, bebendo uma geladinha no fim de tarde, e no domingo um churrasquinho no Tênis Clube, com todo aquele entrevero de espetos. E, de quando em vez, adquirindo algumas obras de arte de algum gravador regional e sempre sonhando com os números que irei jogar no fim deste novo ano. Assim renovo minha alma e vivo feliz com o que Deus me deu.

Publicado no Jornal A Folha Regional em 21 de janeiro de 2011.